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terça-feira, 25 de setembro de 2012

Por Amor – 5ª Parte

Imagem aqui.

Os ciúmes enlouqueciam-na. Até que, subitamente sentiu um beijo na boca. Um beijo de uns lábios muito doces, ternos que lhe eram familiares. Era Sofia. Dani correspondeu ao beijo de forma intensa, deixando que ela tomasse as rédeas daquele momento de amor, de paixão. Sofia vinha ávida de desejo, os seus beijos tornaram-se ardentes e acenderam o fogo existente nos seus corpos. Os beijos trocados entre as duas eram de tirar o fôlego.

Sofia e Dani, arrancaram as roupas uma da outra e fizeram amor de uma forma extremamente intensa, apaixonada, consumindo-se naquele fogo intenso que sentiam e como só dois seres que se amam verdadeiramente podem fazer.

No fim e exausta, Dani observou Sofia adormecida no seu peito. Era uma mulher linda, tinha cabelos negros, longos e ondulados, pareciam seda ao deslisá-los pelo seu corpo. A pele era muito branca, não tinha aquele tom de pele morena que escurecia ao sol, mas tinha um sinal em forma de meia-lua num dos seios. Tinha um corpo muito atraente com belas formas femininas, onde Dani se perdia e encontrava nas suas curvas. Morria de ciúmes quando via Rui a falar com ela. Ele era o Senhorio e portanto, era muito natural encontrá-los de vez em quando a conversarem.

Algumas horas mais tarde, Sofia acordou e viu que Dani estava acordada e, rabiscava qualquer coisa no bloco com a esferográfica.

─ Olá! ─ Disse meio ensonada. ─ Que estás a fazer?

─ Nada de especial, ─ disse sorrindo.

─ Mostra!

─ Ainda não… ─ e piscou-lhe o olho, ─ não está pronto.

Sofia estava curiosa e queria ver, então ergueu-se sobre os ombros e precipitou-se para beijar a sua amada. Ela cedeu e Sofia roubou-lhe o bloco e riu-se.

─ Sofia, assim não vale! Não está acabado…

─ Tola! Parecias um gajo agora! ─ Disse rindo e levantou-se para ver o que Dani tinha rabiscado na folha.

─ Porquê? Porque dizes isso?!

─ Porque com a minha sedução beijei-te só para te roubar o desenho e tu nem desconfiaste de nada! Isso é uma actitude típica de homem! ─ e dizendo estas palavras riu-se, Dani fez-lhe uma careta e deitou-lhe a língua de fora, amuada.

Sofia avançou até à janela do quarto e viu o que estava rabiscado na folha do bloco. Os seus olhos encheram-se de lágrimas devido à emoção. Era um desenho dela a dormir minutos antes. Apesar de ser apenas um esboço feito a esferográfica, estava muito parecido com ela.

─ Desculpa, Amor, eu faço outro depois que esse não está bom… ─ Murmurou Dani a pensar que Sofia estava a chorar por não ter gostado.

─ Não, não é nada disso. Está lindo, Amor. Estou apenas emocionada com a beleza do esboço. Está perfeito! ─ Exclamou abraçando-a. ─ Devias mostrar a alguém, porque está realmente muito bom.

─ Ó, Amor que exagero! É só um esboço e feito com esferográfica, não está nada de especial. Não está tão bom assim. ─ Disse abraçando-a novamente e beijando-a.

─ Amo-te.

─ Eu também te amo muito, Amor.

─ Amor, vem cá e senta-te aqui ─ disse Sofia sentando-se na cama e acariciou a colcha indicando-lhe onde se sentar.

─ Ok, está tudo bem?

─ Sim, está Amor. Só que preciso falar contigo, já devia tê-lo feito quando cheguei mas depois fizemos amor e ainda não tinha tido oportunidade de te falar.

─ O que se passa?

─ É o seguinte: Amor, tenho uma novidade! ─ Disse Sofia excitada.

─ Então? ─ Perguntou Dani expectante por boas notícias.

─ Arranjei trabalho por uns dias e estou a receber também. Não é muito, mas é melhor que nada.

─ Fixe! ─ Exclamou feliz e abraçou-a. ─ E onde é? O que é para fazeres? Perguntaste se também havia para mim?

─ É na lota, na banca da venda do peixe.

Dani suspirou chateada, assim ela iria ver o Rui com mais frequência... Ele ia muito lá.

─ Por favor, não te zangues comigo. Eu vou só ficar a ajudar a D. Rosalinda a vender e a amanhar o peixe. Ela cortou-se hoje e eu ofereci-me para ajudá-la, no fim ela disse para eu aparecer amanhã, deu-me algum dinheiro e também me deu peixe para o nosso almoço. Ela gostou de mim! ─ Disse Sofia feliz.

─ Sim, ok. ─ Respondeu Dani secamente.

─ Porque estás assim? Diz-me de uma vez o que se passa, porque não estou a compreender porque ficaste de mau humor agora.

─ Ai, não? Ok, Sofia, eu digo-te. 1° disse para não ires procurar trabalho na lota e tu foste; 2° Vais ver o Rui enquanto lá estiveres, porque ele todos os dias vai à lota.

─ Não vai nada todos os dias. Enquanto lá estive hoje, nunca o vi! Ele não apareceu.

─ Oh, se calhar tinha lá ido de manhã mais cedo!

─ Não sei, mas também não interessa. Eu não quero nada com ele. Eu estou lá para arranjar dinheiro para podermos subsistir. Quero lá saber dele!

─ Não gosto dele! Ele olha-te com olhar ordinário, com um olhar de quem te quer comer...

─ Pára Dani, pára! Já chega! Tivemos esta conversa no outro dia. Pára! Estás a ficar demasiado ciumenta e isso não é bom para nós. Tens de esquecer isso e já! Tens de confiar em mim.

Os ciúmes de Dani revelavam falta de confiança e insegurança, ela estava com uma autoestima muito baixa.

─ Tenho medo que deixes de me amar... e me troques por outra pessoa...

─ Isso não vai acontecer, amo-te. Confia em mim.

─ Eu confio em ti, mas nele não.

Após o almoço, Dani dirigiu-se ao supermercado onde tinha roubado o leite para Leninha. É certo que não ia devolver o que tinha roubado, pois o leite já fora consumido. Ela queria pagar para reparar o erro, este pesava-lhe na consciência.

Estava nervosa e com receio de que o dono do supermercado pudesse chamar a polícia, Sofia advertiu-a para não fazer isso porque também ela receava que as autoridades a prendessem e tentou impedir que ela fosse lá. Discutiram e Dani saiu de casa batendo com a porta. Segundos depois ouviu Leninha chorar. Naquele momento as três choravam. Sofia e Dani choravam por receio de que Dani fosse presa e, Leninha chorava porque tinha acordado com o barulho e assustara-se.

De repente, parou antes de entrar e reflectiu alguns momentos. Estava nervosa, aquilo podia mesmo correr mal. Porém, ela já estava à porta do estabelecimento e não voltou atrás. Inspirou fundo e olhando para o céu, benzeu-se e isto deu-lhe coragem.

─ Seja o que Deus quiser… ─ Murmurou baixando a cabeça. Assim, entrou dentro da loja e decidida foi falar com o senhor que estava a atender ao balcão. Disse-lhe porque estava ali e contou-lhe o que se tinha passado, no fim, pousou o dinheiro e pediu perdão mostrando seu profundo arrependimento.

Continua…

Cris Henriques



5 comentários:

  1. Nossa, Cris!
    O ciúmes pode estragar o amor entre duas pessoas...Espero que isso não aconteça com a Dani e a Sofia.
    Quantas emoções nesse capítulo!
    Aguardo curiosa a continuação!

    ResponderEliminar
  2. Olá amiga querida.
    Como o ciume é traidor, ele é o maior dos conflitos entre um casal, o medo de perder leva a pessoa apaixonada quase a loucura. Fico na torcida que o dono do comercio entenda a situação que a levou cometer este deslise.
    Até mais amiga, obrigada pela visita e amizade. Beijinhos.

    ResponderEliminar
  3. Olá, Cris.
    Não há como se viver com culpa na consciência; acho que Dani agiu acertadamente.
    A história está excelente, parabéns.
    Abraço.

    ResponderEliminar
  4. Olá Cris!

    Muito bacana a maneira com a qual escreve. Apesar do fato deu ter acompanhado somente a quinta parte do conto, posso ressaltar a sua visão em escrever uma ficção cujos personagens principais se relacionam homo-afetivamente. Afinal, as mídias são altamente hipócritas e por isso obscurecem, quando não maculam, uma coisa tão evidente e normal no mundo todo. Parabéns pra você!

    ResponderEliminar
  5. O ciúme é mesmo um mal, mas alguém conhece um amor que não seja incomodado pelo ciúme?
    Estou adorando ler-te!
    Me avise quando escrever mais ok?
    Beijo pra minha amiga escritora
    Tenha um lindo sábado.
    Ivany

    ResponderEliminar

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