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quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Pena de morte sim ou não? – 22ª BC Café Entre Amigos

penademortesimounao
Selo de participação para a 22ª BC em Café Entre Amigos

22ª Blogagem Colectiva do blog Café Entre Amigos

Produzida por: Patrícia Galis

Tema: Pena de Morte, Sim ou Não?

Olá amigos!

Hoje é quarta-feira, 9 de Janeiro de 2013 e inicia-se neste dia o 2º Ciclo de Blogagens Colectivas no blog Café Entre Amigos, da querida amiga e parceira Patrícia Galis, a Pati.

O tema escolhido para reflexão é polémico, é sobre a pena de morte. Vou então reflectir e mostrar-vos o que penso acerca deste assunto, nunca esquecendo o que o meu coração diz.

Voltando alguns anos atrás no tempo, Portugal aboliu a pena de morte. [No entanto, foi o primeiro país a adoptar a lei da pena de morte em 1867 sob a forma de lei na Reforma Penal, tendo sido aplaudida com grande entusiasmo por importantes pessoas da Europa. Esta medida resultou em grande parte de uma matéria, fruto da influência da doutrina humanarista do marquês italiano Beccaria. O português Pascoal José de Mello Freire, por ordem da Rainha D. Maria I, cria um projecto de Código Criminal, onde a doutrina de Beccaria se torna visível, embora o país conservasse de uma maneira muito arraigada a tradição do direito penal clássico, considerando perigosa a aplicação daquela doutrina na sua total expressão.

Ribeiro dos Santos, outra das figuras de destaque, estuda o assunto no Jornal de Coimbra em 1815, defendendo a posição de não haver a necessidade e de ser inconveniente a instituição da pena de morte. Este foi portanto o primeiro abolicionista. Na Constituição de 1822, um dos artigos proclamava a abolição das penas cruéis e infamantes, mas nada dizia acerca da pena de morte. No Código Penal de 1837 continua-se a preconizar o seu uso. No entanto, a Reforma Judiciária de 1832 introduzia uma novidade: a possibilidade do recurso à clemência régia. A última execução capital ocorreu em Lagos, em 1846. O Acto Adicional de 1852 abolia a pena de morte para delitos políticos. Em 1867 consagra-se na Reforma Penal e das Prisões a abolição da pena de morte para todos os crimes.]


pena de morte
Imagem aqui.

Sem  tencionar enganar ninguém, há mais ou menos 7 anos era uma pessoa muito diferente do que hoje sou. Era mais pragmática, exigente, inflexível e pouco dada a demonstrações emocionais que envolvessem momentos de grande sensibilidade lacrimal. Era muito dura e extremamente severa, com um forte sentido de rectidão que, reconheço e arrependo-me de nem sempre ser justo. Lembro-me de ter ouvido falar de pena de morte pela primeira vez, num documentário no Canal História português que vi na televisão, em que tinha sido atribuída esta penalização a um cidadão norte-americano por ter morto e violado umas jovens. Lembro-me que fiquei chocada com o crime quando ouvi a sua descrição, mas também por ele ter perdido perdão às Mães das vítimas e por uma delas ter perdoado! Na minha mente, aquele crime não tinha perdão e muito menos absolvição perante a lei. Achava que aquele arrependimento e perdão, era puro e simplesmente ilusório, que era uma apenas forma que ele executava para tentar sair em liberdade condicional e apenas isto. Contudo, também não compreendia a posição daquela Mãe.

O tempo passou e o meu entendimento das coisas da vida mudou muito, graças ao meu empenho em evoluir espiritualmente. O espiritismo, foi um grande contributo para a minha mudança e melhoria, pois actualmente sou mais sensível, emocional e mais compreensiva. Tento ser também mais flexível e resignada, perante a lei de Deus, que os homens tentam muitas vezes alterar, adulterando-a face a ideias mesquinhas e caprichosas, que muitas vezes se tornam actos de autentica barbárie.

Na minha modesta opinião, só Deus nos pode tirar a vida física, pois também é Ele quem nos a oferece. Só Ele tem esse poder e somente Ele, pode julgar-nos e condenar-nos. Quando um homem assume esta posição, está a querer pretensiosamente tomar o Seu lugar.

NÃO JULGUEIS PARA NÃO SERDES JULGADOS. AQUELE QUE ESTIVER SEM PECADO QUE ATIRE A PRIMEIRA PEDRA

11 – Não julgueis, pois, para não serdes julgados; porque com o juízo que julgardes os outros, sereis julgados; e com a medida com que medirdes, vos medirão também a vós. (Mateus, VII: 1-2).

12 – Então lhe trouxeram os escribas e os fariseus uma mulher que fora apanhada em adultério, e a puseram no meio, e lhe disseram: Mestre, esta mulher foi agora mesmo apanhada em adultério; e Moisés, na Lei, mandou apedrejar a estas tais. Qual é a vossa opinião sobre isto? Diziam pois os judeus, tentando-o, para o poderem acusar. Jesus, porém, abaixando-se, pôs-se a escrever com o dedo na terra. E como eles perseveraram em fazer-lhes perguntas, ergueu-se Jesus e disse-lhes: Aquele dentre vós que estiver sem pecado atire-lhe a primeira pedra. E tornando a abaixar-se, escrevia na terra. Mas eles, ouvindo-o, foram saindo um a um, sendo os mais velhos os primeiros. E ficou só Jesus com a mulher, que estava no meio, em pé. Então, erguendo-se, Jesus lhe disse: Mulher, onde estão os que te acusavam? Ninguém te condenou? Respondeu ela: Ninguém, Senhor. Então Jesus lhe disse: Nem eu tampouco te condenarei; vai, e não peques mais. (João, VIII: 3-11).

13 – “Aquele que estiver sem pecado atire-lhe a primeira pedra”, disse Jesus. Esta máxima faz da indulgência um dever, pois não há quem dela não necessite para si mesmo. Ensina que não devemos julgar os outros mais severamente do que nos julgamos a nós mesmos, nem condenar nos outros os que nos desculpamos em nós. Antes de reprovar uma falta de alguém, consideremos se a mesma reprovação não nos pode ser aplicada.

A censura de conduta alheia pode ter dois motivos: reprimir o mal, ou desacreditar a pessoa cujos atos criticamos. Este último motivo jamais tem escusa, pois decorre da maledicência e da maldade. O primeiro pode ser louvável, e torna-se mesmo um dever em certos casos, pois dele pode resultar um bem, e porque sem ele o mal jamais será reprimido na sociedade. Aliás, não deve o homem ajudar o progresso dos seus semelhantes? Não se deve, pois, tomar no sentido absoluto este princípio: “Não julgueis para não serdes julgados”, porque a letra mata e o espírito vivifica.

Jesus não podia proibir de se reprovar o mal, pois ele mesmo nos deu o exemplo disso, e o fez em termos enérgicos. Mas quis dizer que autoridade da censura está na razão da autoridade moral daquele que a pronuncia. Tornar-se culpável daquilo que se condena nos outros é abdicar dessa autoridade, e mais ainda, arrogar-se arbitrariamente o direito de repressão. A consciência íntima, de resto, recusa qualquer respeito e toda submissão voluntária àquele que, investido de algum poder, viola as leis e os princípios que está encarregado de aplicar. A única autoridade legítima, aos olhos de Deus, é a que se apoia no bom exemplo. É o que resulta evidentemente das palavras de Jesus.

Livro: O Evangelho Segundo O Espiritismo, de Allan Kardec
Traduzido por: José Herculano Pires


Respondendo, então à questão é: Não, não à pena de morte. Mas sou a favor da prisão perpétua, sem regalias e onde o próprio prisioneiro deve trabalhar na prisão, para pagar seu sustento.

Fica aqui a minha participação. Obrigada, Pati por mais esta oportunidade de poder exprimir o que o meu coração diz em torno deste assunto.

Abraços,

Cris Henriques

18 comentários:

  1. Boa tarde Cris...Amei ler tuas palavras sobre o assunto em questão e concordo no geral!
    Voce conseguiu de forma sensivel e direta, colocar tudo o que sinto. Valente e corajoso é todo aquele que consegue perdoar, covarde é aquele que vive a julgar...DEUS esta acima de tudo e de todos, devemos acreditar e ter fé! Não conseguiria expor meus sentimentos em relação a pena de morte de forma tão esclarecida e corajosa...ADOREI! Parabens!!
    Abraços

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  2. Uau que blogagem sensacional....assino em baixo, só Deus pode tirar a vida, mas aqui no Brasil as leis são brandas demais o que tem que ser mudado urgente.

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  3. Olá, Cris.
    Também sou totalmente contra a pena de morte, já que, como nenhum ser humano é superior a outro, nenhum deles tem o poder de decidir quem vive ou quem morre.
    Eu fiquei um tempo sem escrever por causa do intenso calor daqui, que me impede de me concentrar direito.
    Abraço.

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  4. Muita regalia para quem não merece, prisão perpetua sem direito a nada com certeza iriam pensar mil vezes.

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  5. Oi concordo com vc e vejo o quanto temos em comum, hj penso assim mais antes era bem mais intransigente e intolerante, com os ensinamentos do espiritismo kardecista hj sou mais sensivel e compreensiva em relação aos erros e falhas humanas, assim como dou mais valor a cd vida e cd momento.

    Quero participar do grupo e não sei mecher no google+ , buáaa, assim que der um tempinho vou tentar!

    Um grande beijo

    Paty Alves
    www.agape-amorverdadeiro.blogspot.com
    www.patyiva.blogspot.com
    www.tentardecoracao.blogspot.com

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  6. ahhh ia me esquecendo o Livro Pelo amor ou pela dor do Rick Medeiros é um livro Espírita e mostra os fatos através da visão da reencarnação, que nos traz o consolo de que nada é injusto perante as Leis divinas e que se foi permitido que acontecesse tal fato barbaro com aqueles ditos "inocentes", algum motivo também há para que fosse permitido pelo nosso Divino Pai.

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  7. Oi Cris minha querida!
    Uma abordagem excelente! arrasou amiga. Concordo com você quem pode tirar a vida é Deus, pois ele é o detentor dela. Beijinhos
    Gracita

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  8. Minha amiga que aula de historia e de cidadania que deu, concordo não podemos tirar a vida de ninguém, o que me deixa triste é que as leis que regem meu pais são uma vergonha potegendo os bandidos e as pessoas de bem não, uma pessoa mata espera passar o tempo do flagrante, se apresenta na delegacia e vai embora, isso é ridículo, e claro para crimes bárbaros sou a favor de prisão perpetua sem direito a nenhuma regalia, somente assim creio eu iriam pensar antes de fazer coisas abomináveis.

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  9. Concordo plenamente com vc,Cris.

    Se pena de morte adiantasse,países como os Estados Unidos e outros não teriam mais crimes hediondos.E têm muito!

    A prisão perpétua,sem essa de sair com metade da pena ou menos por "bom comportamento"! Não a isso e a qquer regalia como condicional etc.

    Muitos desses monstros continuam qdo saem por pouco tempo nessas condições fazendo mais vítimas.

    No Brasil nunca houve pena de morte.

    Aqui a justiça é branda demais.

    A prisão perpétua é só no nome.

    Tb leio o evangelho segundo o espiritismo.


    Bjs

    Donetzka

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  10. Pena de morte é muito medieval.
    Tem que soltar estes marginais nos depósitos humanos e, esquecermos que estão lá.

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  11. Cris George,excelente postagem,bem escrita e com fatos relevantes que muito nos acrescentam!Também
    não sou a favor da pena .
    Tenha uma linda semana !
    Beijocas.
    Lilian – Blog:♥Duas Moças Prendadas!

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  12. Perdoar é tão difícil pra quem carrega a magoa dentro de si. Só vivendo a situação...

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  13. Bom dia ! é um assunto bem
    triste de falar, mas minha opinião
    é ainda incerta, não temos o direito de tirar a vida de ninguém, mas quando acontece uma tragédia ai a gente fica em duvida...Tomara que as leis mudem e rapidamente
    Abraços com carinho, essa postagem é muito boa
    Rita!!!!
    ♥♥ ☆ ¸.•´¯`•.¸☆..•.✿.☆

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  14. Cris, percebo que levou além de informação e cultura, o post para o lado mais espiritual. E o que escreveu condiz com o que você acredita. Eu realmente me surpreendi ao me deparar com posts de pessoas que carregam a mensagem de Cristo serem a favor da pena de morte, pois, ela vai totalmente contra o que o Cristo pregava.
    Porém, como somos falhos e humanos, não cabe a mim julgar, apenas foi uma constatação, algo que me surpreendeu e não esperava.
    Até mais xará!

    => CLIQUE => ESCRITOS LISÉRGICOS...

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  15. Olá Cris! Seu post está bem elaborado e seus argumentos são todos válidos. Também sou contra a pena capital. Penso que essa polêmica, que não é atual, sempre cairá no vazio, pois enquanto a sociedade não se responsabilizar pela produção mal-acabada de seus filhos e evoluir em sua humanidade, terá de enfrentar os monstros que ela mesmo pariu. Nem coloco Deus nessa querela, porque temos o livre-arbítrio, mas uma questão anterior é o que fazemos com ele. Um grande abraço e tenha bons dias.

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  16. Oi, Cris! Gostei da sua abordagem sobre o tema colocando-o no contexto histórico...fiquei emocionada com sua declaação sobre a evolução espiritual e sobre o quanto se amaciou perante as injustiças ou justiças da vida. Tem razão, quando levamos as coisas muito a ferro e fogo acabamos por ser injustos às vezes...o outro lado da moeda, a tolerância, muita vez nos magoa, porque daí quem sofre injustiças somos nós mesmos. Mas pelo menos ficamos com o coração em paz. Um abraço!

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  17. oi Cris,
    na tua abordagem tive a oportunidade de aprender mais sobre o passado histórico do tema em terras portuguesas e ainda constatar os fundamentos cristãos que o permeiam.São consistentes argumentos que reforçam nossas opiniões de repúdio a pena capital; a meu ver um ato delituoso contra o delinquente.
    O que precisamos, ao menos aqui no Brasil, é uma reforma das leis penais pra ontem.
    Excelente participação.Gostei muito.
    Bjos,
    Calu

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  18. Muito bom seu post.
    Esse tema é muito polêmico.
    Bjs.

    ResponderEliminar

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