Uma Imagem 140 Caracteres - 7ª Edição: Amo-te

Imagem do blog Escritos Lisérgicos

Produção de Christian V. Louis

 

Uma Imagem 140 Caracteres 7ª Edição

 

“Extasiados numa atmosfera apaixonada, adormecemos saciando a saudade da distância que nos foi imposta durante anos. És a minha Paz. Amo-te.”

 

Esta foi a minha participação neste projecto do querido amigo Chris.

 

Abraços,

 

Cris Henriques

Freddie Henriques

Olá a todos!

Este post vai ser um pouco diferente do habitual e visa, a apresentar-vos um novo membro que entrou para minha família. O nome dele é Freddie Henriques e como podem ver pela foto, é um gatinho bebé.

Faz hoje 15 dias que a minha Mãe e eu fomos à loja de animais buscar o Freddie, mal o vi, foi amor à primeira vista. Digam lá se ele não é lindo?

Há muito tempo que sonhava ter um gatinho, mas só agora foi possível concretizar este sonho. Penso que é importante termos um animal de estimação, principalmente, quando somos crianças. Cuidar de um bichinho, ajuda-nos a desenvolver sentimentos de afecto, dedicação, a tornar-mo-nos menos egoístas e a ter um grande sentido de responsabilidade. Cresci tendo sempre um cãozinho para cuidar, talvez por esse motivo também seja tão atenciosa e dedicada nos meus relacionamentos.

Porém, desta vez escolhi ter um gato e digo-vos, estou a adorar esta experiência! Tenho até pesquizado na internet acerca do mundo destes lindos e curiosos bichinhos, desde à escolha do nome, até à forma de o educar. Quero que o meu Freddie seja um gatinho feliz, saudável e carinhoso.

A escolha do nome não foi fácil, levamos uns 3 dias para escolher. Escolhi este nome em homenagem ao Freddie Mercury, da banda Queen por ser um dos meus cantores favoritos. Na minha opinião, foi uma das melhores vozes que passaram neste mundo. Além disso, este é um nome que lhe assenta muito bem e ele já responde a este.

Criar um gatinho, educa-lo até que não é muito difícil. Os gatos são animais muito inteligentes e asseados, basta que nós estejamos atentos aos sinais que eles nos enviam. Não sujam a casa, desde que lhes arranjemos uma caixa com pedrinhas de sílica para eles fazerem as suas necessidades. Com os cães, é bem mais complicado. Eles fazem-nas onde calha...

Desenganem-se aqueles que pensam que os gatos não são meigos, que não gostam que lhes peguem ao colo e que não nos fazem companhia. O Freddie não só faz muita companhia, como adora colo, mimos e é muito meiguinho!

Actualmente, o Freddie tem um mês e mais ou menos duas semanas de idade e, pesa 600 gramas. Dorme muito durante o dia, antes era no seu ninho, mas agora dorme comigo sobre a colcha toda a noite.

Engraçado, mas sinto-me como Mãe dele. Quero-lhe bem, cuido dele, mimo-o e brinco com ele. Tiro-lhe fotos e filmo-o. Porém, quando se porta mal, ralho-lhe. Assim se educa um filho e um filho gato, não é muito diferente.

Para terminar, deixo aqui o primeiro vídeo dele que fiz para quem quiser conhecer.

Abraços e beijos a todos,

Cris Henriques

O Que Escreveria na Última Folha em Branco do Mundo? – 30ª BC Café Entre Amigos

Imagem veio daqui.

30ª BC do blog Café Entre Amigos

 

Realizada por: Patrícia Galis

 

Olá a todos!

 

Esta é a minha participação na blogagem colectiva do blog Café Entre Amigos, da querida amiga Patrícia Galis. Estou dois dias atrasada, mas ainda assim decidi participar.

 

A todos os que passarem por aqui, deixo o meu agradecimento e o meu abraço.

 

Obrigada!

 

Beijinhos,

 

Cris Henriques

 

*****

 

Natureza Morta

 

─ Toma, aqui a tens. Nem sabes como foi difícil de conseguir isto. ─ Disse-lhe André estendo-lhe uma folha de papel, cuidadosa e discretamente.

 

─ Obrigado, ─ Respondeu Fernando agradecido e pegando na folha de papel, caminhou para casa.

 

Estava-se em 2112 e esta era, provavelmente, a única folha de papel existente no mundo todo. No último século, o mundo tinha mudado muito no decreto de uma ambição desmedida pelo poder político, originando de tal forma uma inconsciência assombrosa, perante a natureza, destruindo florestas, toda a vida animal e a maior parte dos recursos naturais. Agora, tudo era produzido em laboratório, tudo era artificial. A vida animal estava extinta, os mares secaram e as chuvas ácidas devastavam as florestas progressivamente. Era triste…

 

Actualmente, cada ser humano possuía um fato com um capacete com oxigénio incorporado. Sem florestas não havia ar para se respirar e muito menos papel para se escrever. Estava-se na Era Digital, Era essa em que tudo era informatizado e onde a tecnologia era rainha.

 

Fernando, sentou-se à secretária e pegou na sua esferográfica, que já tinha pouca tinta e que também era a única que restava. Esta mal escrevia, a tinta já começara a secar. Então, ele escreveu na última folha de papel que restava no mundo uma pequena frase que ficaria para a posteridade, para gerações futuras. A última folha de papel após inscrita seria colocada dentro de uma cápsula do tempo que continha também, fotografias de um mundo que já não existia mais. As fotos continham imagens de céus azuis ensolarados, em praias idílicas com cenários paradisíacos...

 

“Natureza morta...”, assim escreveu Fernando no papel como mensagem de protesto e de desolação. Um grito mudo para mostrar o erro crasso e irresponsável que a humanidade cometera sem qualquer sombra de bom senso, ou sequer consciência destruindo o planeta azul. De seguida pegou na sua cápsula do tempo e colocou a folha lá dentro, avançou para o quintal, onde alguns anos antes havia um jardim cheio de flores e árvores de frutos. Colocou a cápsula do tempo aos pés do velho limoeiro seco que jazia sem vida e com uma lágrima caindo do seu rosto, abandonou aquele lugar que tantas alegrias no passado lhe trouxera, deixando-lhe agora apenas a nostalgia...

 

Olhou para o céu cinzento e murmurou baixinho:

─ Quem sabe se um dia, os Homens tratam do mundo e voltamos a viver num planeta azul com natureza viva…