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Imagem da Microsoft editada por Cris Henriques |
Uma andorinha voava, alegre e feliz com as suas
irmãs…
Observava pela janela
do meu quarto, o seu voar. Ela ia, procurava material para construir o seu
ninho e depois voltava. Depois, afastava-se novamente para encontrar mais
material e voltava. Era sempre assim, até que a andorinha construiu o seu ninho
e teve as suas crias.
Algum tempo depois,
voltei a observar a mesma andorinha. Agora ela voava com o seu par, mas com
outro objectivo. Procurava alimento para os seus filhos que, entretanto, haviam
nascido e piavam a pedir comida. Ela aceitava feliz a sua nova responsabilidade
e por amor, voltava sempre para cuidar deles.
A Primavera passou a
correr dando lugar ao Verão, ou melhor, passaram a voar! As crias cresceram,
aprenderam a voar e a procurar alimento. Aprenderam a cuidar de si mesmas e o Outono
chegou enfim.
As andorinhas partiram
para um lugar mais quente, levando com elas a alegria e deixando uma grande
tristeza. O céu já não era azul, era cinzento e chorava com saudades da alegria
das andorinhas.
Foram dias difíceis, esses,
sim. Também eu estava triste...
Então, um dia acordei e
olhei a janela. Estava um dia lindo, soalheiro e o sol brilhava iluminando tudo
com a sua luz divina. O céu agora estava azul, outra vez e havia novas flores
nascidas no solo fértil. Tinha chegado a Primavera!
E as andorinhas? —
Perguntam vocês.
As andorinhas voltaram,
vieram com os seus bandos alegres e felizes como antes. Parecia que nada se
tinha passado, estava tudo tranquilo.
Hoje sei que és assim
também, vejo e aceito isso. Há períodos na vida em que tens de ir, precisas
afastar-te, pois tens as tuas tarefas que executas com amor. Precisas viajar,
conhecer novas paragens, precisas conhecer-te.
Esta é a tua natureza, como
a de uma andorinha. Ninguém pode “prender-te”, nem mesmo numa gaiola dourada,
que mesmo bonita iria sufocar-te. Precisas voar. E depois quando te libertas da
gaiola, voas para longe para não mais voltar.
É por amor que te
liberto, voa. Saudosa fico à tua espera e tu um dia voltas, como a alegre
andorinha num lindo dia de Primavera e tudo fica tranquilo.
Amo-te,
Cris Henriques
Belíssimo, Cris!
ResponderEliminarO amor desgarrado, sem a contaminação da possessão é aquele mais evoluído, menos dependente ou dependedor.
Apenas o auto conhecimento e auto estima levam a este patamar, crucial para o feliz desapego.
Um abraço do Brasil (num verão se 27º pela manhã).
Olá Cristina.
EliminarFeliz 2014 com tudo de bom.
O amor verdadeiro existe, quando nos dispomos a amar o outro como é e aceitando todas as suas características.
Obrigada pela tua presença aqui.
Beijos
Puxa, Cris, que texto lindo! O amor verdadeiro é mesmo assim, liberta para que a pessoa amada absorva do mundo suas alegrias e retorne alimentada para nós. Acho de um egoísmo absurdo pessoas quererem prender outras a um relacionamento, ninguém é feliz com o sentimento de estar aprisionado e não, amado. Um abraço!
ResponderEliminarOlá Bia.
EliminarEsta é a minha visão e também a minha experiência com o amor.
Obrigada pela companhia.
Beijos
São lindas as andorinhas..,.A sua chegada anuncia a Primavera...
ResponderEliminarImagem muito bela
Desejo um feliz Fim-de-semana
Deixo cumprimentos
Olá Ricardo!
EliminarFeliz 2014 e obrigada pela tua presença.
Beijos
Olá Cris,
ResponderEliminarEu sempre fui uma andorinha liberta, nunca gostei de gaiolas e também não engaiolo ninguém. Por mais medo que se tenha que um amor se vá, mais rápida é sua partida.
Se não houver confiança e comprometimento mútuo não há vida a dois.
Coloquei-a na minha lista de blogs amigos
Um beijo
Lua Singular
Olá Dorli.
EliminarFeliz por estares aqui.
O amor não prende, liberta.
Beijos
Oi Cris, tudo bem amiga?!
ResponderEliminarMuito lindo o texto.
Devemos deixar livres as pessoas que amamos,
amor nenhum sobrevive ao aprisionamento.
bjs!
Olá amiga Clau.
EliminarO amor deve ser libertador, sem cobranças.
Obrigada pelo carinho.
Beijos
E eu fico imaginando como é linda a natureza. E como nos ensina as leis da vida. Até mesmo um passarinho tem uma lição de amor para nos ensinar. Basta que tenhamos olhos de ver e ouvidos de ouvir. Muito lindo o seu texto. Parabens!
ResponderEliminarOlá amiga M. de Lourdes! :)
EliminarTodas as criaturas de Deus, são nossos professores no que diz respeito ao Amor Incondicional. As andorinhas, ou as borboletas, por exemplo, mostram-nos também outra forma de amar.
No caso, o post é uma carta de amor ao meu Amor.
Obrigada.
Beijos