Miragens de Ti

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Hoje vi-te! Foi apenas por uns breves instantes, mas vi-te! Eras tu, Amor, que estavas ali no grande ecrã e o meu coração quase parou ao ver-te. Uma emoção intensa fez uma lágrima do meu olhar cair sem que a pudesse reter. Estavas tão linda!

Subitamente, desapareceste! Já não estavas na televisão, não eras tu… Uma nuvem repousou nos meus olhos e um nó apertou a minha garganta. No meu peito, o coração cantava a melodia da melancolia – unchained melody.

Tenho tantas saudades de ti que estou a desesperar... Sabes, começo novamente a ver-te em todos os lugares onde estou, onde quer que eu vá. Mas o que vejo são miragens, porque tu não estás aqui, Amor. Passo os dias a pensar em ti e o meu peito, reclama a tua presença... A dor da tua ausência. A dor do teu silêncio. A dor de não te ver.

Hoje descobri que existe uma diferença entre sentir falta e sentir saudades de alguém. Quando amamos da maneira como eu te amo sentimos saudades, o sentir da tua presença é constante e tudo me lembra de ti. É Amor verdadeiro.

Quando sentimos falta de alguém, é como se aquela pessoa fosse uma propriedade que nós perdemos direito. É algo parecido com Amor, mas não é puro. É um sentimento mais egoísta, doentio.

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É madrugada e eu estou na cama acordada, a escrever novamente. Escrevo para ti, para mim, para nós. Só assim consigo exprimir-me. A noite é o pior momento do dia.

Onde estás?

Abraço a minha almofada e fecho os meus olhos molhados de lágrimas de amor, de saudade. Era a ti que deveria estar a abraçar, não uma almofada. Era nas tuas coxas ardentes que me deveria enroscar, adormecer no teu regaço doce e envolvida no teu abraço, não numa cama vazia e fria.

Amo-te, Amor, verdadeiramente. Não me deixes, fica comigo esta noite, até que Deus queira...

Cris Henriques