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Estou numa fase de transição, (não estamos todos?!) e estou ainda a tentar compreender o que isto significa para mim. Sempre ocorre um período destes, ocorrem perdas. Não é verdade?
É um momento que devemos acabar, ou deitar fora o que já não nos interessa e nos impede de evoluir. Não acredito que esta mudança seja uma coisa má, mas sim boa.
No entanto, a espectativa é sempre algo que nos destabiliza trazendo-nos instabilidade à nossa vida, independentemente de quem somos, ou do que fazemos na vida. A nossa vida é como se fosse uma casa que construímos aos poucos, conforme os conhecimentos e materiais que adquirimos. Se é uma construção forte e inabalável, não sabes ao certo. Só com um abalo forte é que podemos testá-la. Quando ocorre um abanão, as áreas mais frágeis ficam afectadas e muitas caiem. ´O que devemos fazer com as zonas danificadas, é procurar os erros e as faltas que se cometeram e seguidamente concertar tudo, reconstruir o que foi destruído e torna-lo mais forte.
Com a nossa vida, acontece a mesma. Somos testados a toda a hora para ver se aquele sector já está bem estruturado e depois somos apanhadas de surpresa, porque aquilo volta a cair e nós não entendemos o porquê. Mas também, muitas vezes não percebemos as coisas por pura e simples casmurrice, nós vemos as coisas só que fingimos não ver para não tomarmos uma decisão. Pois sempre que surge uma mudança, surge também uma posição e decisão a tomar.
Em certas situações, fazemos resistência face às mudanças porque bem no fundo estamos a adiar. Estamos a fugir. Temos um imenso medo de perder algo que conquistamos com tanta luta.
Porque temos tanto medo de perder?
Porque o que conquistamos dá-nos segurança, conforto e alegria, faz-nos sentir bem. Entao é ai que acabamos por cometer um grave erro, tornamos o que conquistamos como certo, como um bem adquirido e ai descuidamo-nos… Só ficamos a absorver o que nos querem e podem dar, e depois, deixamos de nos esforçar por retribuir o amor que recebemos e é por sermos tão egocêntricos, tão egoístas que a grande energia universal nos puxa o tapete e nós caímos com a cara no chão. Espalhamo-nos ao comprido e a grande voz diz: “─ Vá, agora sacode a poeira e levanta-te. Monta o cavalo e anda.”
E nós obedecemos claro, mas não completa e nem imediatamente. Nós levantamo-nos do chão sim, mas ao invés de montarmos o cavalo, caminhamos a seu lado e questionamos o porquê daquela queda. Andamos quilómetros, milhas a pé se for necessário até compreendermos o porquê. Chegamos a atravessar desertos áridos, em busca de uma resposta que só nós podemos responder e que se encontra no nosso coração. É atravessando o imenso deserto que apuramos os nossos ouvidos e nos predispomos a ouvir o coração. E ele então fala connosco, mas indirectamente, através dos nossos sonhos. Por isso, devemos estar atentos aos sonhos que temos, porque essa é a linguagem do coração. Então, decifrado o enigma voltamos a montar o cavalo e percebemos que o final do deserto está já aqui e então conseguimos atingir as nossas metas.
Nada na vida é eterno, nem mesmo a tristeza. Às vezes perdemos para voltar a ganhar depois.
Que deste dia em diante, sejamos um pouco mais sábios e tenhamos aprendido a lição para que estas perdas não se voltem repetir no futuro.
Cris Henriques
Barreiro, 17 de Janeiro de 2012
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